Leiam, tirem suas conclusões e vamos trocar ideias nos comentários.
Vamos ver o que o candidato Jair Bolsonaro (PSL) propõe:
"Mais matemática, ciências e português, sem doutrinação e sexualização precoce. Além disso, a prioridade inicial precisa ser a educação básica e o
ensino médio / técnico. Precisamos inverter a pirâmide: o maior esforço tem que
ocorrer cedo, com a educação infantil, fundamental e média. Quanto antes nossas
crianças aprenderem a gostar de estudar, maior será seu sucesso."
"Além de mudar o método de gestão, na Educação também precisamos
revisar e modernizar o conteúdo. Isso inclui a alfabetização, expurgando a
ideologia de Paulo Freire, mudando a Base Nacional Comum Curricular (BNCC),
impedindo a aprovação automática e a própria questão de disciplina dentro das
escolas."
(Aqui uma observação: todas as pontuações e vírgulas foram mantidas conforme o original)
E é isso. Esses dois parágrafos contém todas as propostas da plataforma de Bolsonaro para a educação básica.
Vamos ver o que o candidato Fernando Haddad (PT) propõe:
"Diretrizes:
a) Forte atuação na formação dos educadores e na gestão
pedagógica da educação básica, na
reformulação do ensino médio e na expansão da educação
integral;
b) Concretização das metas do PNE, em articulação com os
planos estaduais e municipais de
educação;
c) Institucionalização do Sistema Nacional de Educação,
instituindo instâncias de negociação interfederativa; criação de política de
apoio à melhoria da qualidade da gestão em todos os níveis e aperfeiçoamento do
SAEB;
d) Criação de novo padrão de financiamento, visando
progressivamente investir 10% do PIB em educação, conforme a meta 20 do PNE;
implementação do Custo-Aluno-Qualidade (QAQ) e institucionalização do novo
FUNDEB, de caráter permanente, com aumento da complementação da União; retomada
dos recursos dos royalties do petróleo e do Fundo Social do Pré-Sal;
e) Fortalecimento da gestão democrática, retomando o diálogo
com a sociedade na gestão das políticas bem como na gestão das instituições
escolares de todos os níveis."
"Na educação infantil, na perspectiva da educação integral,
retomaremos intensamente a colaboração com municípios para ampliação com
qualidade das vagas em creches, além de fortalecer as políticas voltadas para a
pré-escola."
"No ensino fundamental, serão realizados fortes ajustes na
Base Nacional Comum Curricular, em diálogo com a sociedade, para retirar as
imposições obscurantistas e alinhá-la às Diretrizes Nacionais Curriculares e ao
PNE. O novo governo vai implementar uma forte política nacional de
alfabetização, no âmbito do ensino fundamental, nos termos do PNE, em
colaboração com Estados e Municípios, reconhecendo as diferentes necessidades
dos educandos em cada lugar. Atenção especial será dada à valorização e à
formação dos professores e professoras alfabetizadoras. Esse esforço envolverá
também o fortalecimento do PIBID, voltado aos estudantes universitários de
pedagogia e licenciatura, para oferecer experiência docente nas escolas
públicas, com ênfase especial no reforço ao processo de alfabetização das crianças.
A meta é garantir que todas as crianças, adolescentes e jovens de 4 a 17 anos
estejam na escola e que aprendam. Outra meta é assegurar que todas as crianças
apresentem as habilidades básicas de leitura, escrita e matemática, assim como
os conhecimentos necessários no campo das ciências naturais e ciências humanas
até os 8 anos ou até o final do 2º ano do Ensino Fundamental."
"O governo Haddad também vai promover a inclusão digital e
tecnológica das crianças brasileiras, introduzindo, desde o primeiro ano do
ensino fundamental, com a infraestrutura necessária, o trabalho com as
linguagens digitais."
Investir "na
ampliação da oferta de educação de tempo integral, sobretudo nas regiões mais
vulneráveis. Será dado novo tratamento à Educação de Jovens e Adultos – EJA,
retomando a centralidade das ações de redução do analfabetismo, ampliando vagas
e retomando as políticas de assistência estudantil que possibilitam a conclusão
dos estudos, a partir do ProJovem e do MOVA-Brasil como referências. O governo
Haddad também consolidará a política de educação especial na perspectiva
inclusiva em todas as etapas e modalidades de ensino."
"Aproximadamente 25% dos professores que atuam na educação
básica não possuem licenciatura específica para as disciplinas que lecionam.
Essa realidade precisa ser superada. Para isso, vamos criar uma política
nacional de valorização e qualificação docente, que dê início a uma profunda
ressignificação da carreira e das estruturas de formação inicial e continuada
dos professores, além de garantir o Piso Salarial Nacional e instituir
diretrizes que permitam uma maior permanência dos profissionais nas unidades educacionais.
Será reforçada e renovada a Universidade Aberta do Brasil (UAB) e retomado o
projeto Universidade em Rede dos Professores, assegurando o acesso direto dos
professores e professoras concursados nas vagas disponíveis e ociosas na rede
de Universidades e Institutos Federais de Educação Superior."
"Será implementada a Prova Nacional para Ingresso na Carreira
Docente para subsidiar Estados, DF e Municípios na realização de concursos
públicos para a contratação de professores para a educação básica. A prova será
realizada anualmente, de forma descentralizada em todo o país, para o ingresso
dos candidatos na carreira docente das redes públicas de educação básica. Cada
ente federativo poderá decidir pela adesão e pela forma de utilização dos
resultados. Além disso, haverá forte investimento na formação de gestores
escolares e na qualificação da gestão pedagógica. Será dada especial atenção à
formação dos servidores escolares, por meio de novas ações e da retomada e
ampliação do ProFuncionário."
"O governo Haddad retomará os investimentos na educação do
campo, indígena e quilombola, desenvolvendo políticas voltadas à formação de
professores, construção e reforma de escolas, transporte e alimentação escolar."
"Instituiremos o Programa Paz e Defesa da Vida nas Escolas,
com a implementação de políticas voltadas à superação da violência e para a
promoção de uma cultura de convivência pacífica nas escolas."
"Como contraponto ao Escola Sem Partido, nosso programa
propõe a Escola com Ciência e Cultura, transformando as unidades educacionais
em espaços de paz, reflexão, investigação científica e criação cultural. As
ações de educação para as relações étnico-raciais e as políticas afirmativas e
de valorização da diversidade serão fortalecidas; serão massificadas políticas
de educação e cultura em Direitos Humanos, a partir de uma perspectiva
não-sexista, não-racista e não-LGBTIfóbica."
"Promover a reformulação curricular por meio da Base Nacional
Comum Curricular do Ensino Médio, construída em diálogo com a sociedade. A nova
base garantirá aos estudantes educação integral, por meio de projetos
pedagógicos que, a exemplo dos Institutos Federais, permitam o acesso ao estudo
do português e da matemática, aos fundamentos das ciências, da filosofia, da
sociologia e das artes, à educação física, à tecnologia, à pesquisa, em
integração e articulação com a formação técnica e profissional."
"No âmbito do Sistema Nacional de Educação, apoiaremos os
Estados e o DF na ampliação do acesso, garantia de permanência e melhoria da
qualidade do ensino, com especial atenção ao ensino noturno."
"Será apoiada e induzida a expansão de novos modelos de
ensino médio em tempo integral, ampliando a carga horária e tornando as
ciências, a tecnologia, as humanidades e as artes uma experiência escolar mais atrativa."
"Outra importante medida será a aproximação do Sistema S da
juventude por meio de uma mudança em sua governança e concepção. O ensino
técnico e profissionalizante será articulado com o ensino propedêutico,
assegurando a possibilidade de acesso à educação universitária para todos os
jovens que desejarem. O objetivo é direcionar 70% dos recursos destinados à
gratuidade, oriundos das Contribuições Sociais arrecadadas pela União para
manutenção do SESI, SENAI, SESC, SENAC e SENAR, à ampliação da oferta de ensino
médio de qualidade."
"Além disso, haverá uma forte participação da União na oferta
do Ensino Médio, com a criação do Programa Ensino Médio Federal, que prevê uma
repactuação federativa a ser implementada, entre outras, pelas seguintes ações:
a) Maior integração entre a Rede Federal de Educação e a
educação básica;
b) Ampliação de vagas, fortalecimento dos campi e
interiorização dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, de
modo a propiciar maior acesso e mais oportunidades às juventudes, sobretudo aos
jovens que vivem em regiões mais vulneráveis e com maiores índices de
violência.
c) Convênio com os Estados e o DF para que o governo federal
se responsabilize por escolas situadas em regiões de alta vulnerabilidade, e
que terá as seguintes características:
- O convênio será firmado, progressivamente, a partir da
colaboração a ser estabelecida no âmbito das instâncias de articulação
interfederativa, no âmbito do Sistema Nacional de Educação;
- As escolas atendidas pelo convênio devem estar situadas
nas áreas com mais alta vulnerabilidade social, elevados índices de violência
(sobretudo contra a juventude negra) e baixo rendimento escolar (IDEB baixo);
- As escolas serão acompanhadas e apoiadas pelo Instituto
Federal de Educação mais próximo;
- Plano de gestão e o projeto pedagógico escolar será
construído a partir da integração, reconhecimento de saberes e cooperação mútua
entre a gestão federal e os educadores das escolas;
- O governo federal ficará responsável pela reforma e
ampliação das escolas, implantação de internet de alta velocidade, laboratório,
biblioteca e equipamentos desportivos e culturais;
- O governo federal ofertará bolsa para que os educadores
permaneçam nas escolas;
- As escolas serão abertas para as respectivas comunidades e
serão polos de cultura, esporte e lazer."
"Ademais, no âmbito do Ensino Médio Federal, vamos criar um
programa de Bolsa permanência para os jovens em situação de pobreza, de sorte a
combater evasão e melhorar o rendimento escolar."
Fim das propostas de Fernando Haddad.
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